aves et landscape

portfólio fotográfico | antónio ramalho 


aves

As aves constituem uma classe de seres vivos vertebrados, ovíparos, de sangue quente e respiração pulmonar, com bico córneo desprovido de dentes, corpo coberto de penas, duas patas e duas asas.

Observar e fotografar aves em meio selvagem é uma forma de aprofundar o conhecimento da Mãe Natureza, admirar o seu esplendor e, por conseguinte, melhor a interpretar, respeitar e saber cuidar.

A perspetiva artística da imagética, inerente ao ato de fotografar, conjuga a experiência da luz com a força vital da matéria tão personificada nos seres vivos do reino animal, mas com particular fascínio estético na classe das aves. Um fascínio original que decorre da combinação harmónica do voo com o canto e as cores.

Neste diário de abrigo inscrevo (aqueles que classifico como) os mais acertados registos fotográficos de diversas espécies de aves, uma aspiração por minha conta e risco, de reconhecimento incerto, é certo... Mesmo assim, um projeto a prosseguir, irremediavelmente em aberto, no espaço e no tempo.

São já mais de 80 espécies aqui registadas...

paisagem

A paisagem é um recorte e um retrato é uma reprodução. Acrescentar algo mais à reprodução de um recorte é sobretudo um exercício de demanda interior.

No retrato da paisagem que nos rodeia, incluindo os seus mais ínfimos pormenores que cativam a nossa atenção num lance de olhos, tanto mais nos aproximamos do espírito penetrante de um lugar (esse mítico "Genius loci" proveniente do pensamento romano), quanto mais livremente o percebemos, por meio dos sentidos e das emoções, antes da ação final do obturador.

A sensibilidade física e emocional é, pois, um dos parâmetros a acrescer ao triângulo de exposição na fotografia (abertura / velocidade / ISO), aplicável a qualquer porção visível do espaço captada pelo sensor de imagem.

A inalienável vida na paisagem (natural, antrópica e etnográfica) ou a paisagem com vida, bem como as múltiplas paisagens da paisagem (tais quais as "cidades invisíveis" do lendário viajante Marco Polo, pela pena de Calvino), é afinal o leitmotiv deste diário de abrigo.

Porque nas linhas e entrelinhas, tudo é paisagem!

abrigos

Abrigar vem do latim apricãri, que significa "aquecer-se ao sol". Um abrigo é assim um recuperador de energia para quem nele se abriga, mas o abrigo fotográfico, para além disso, é uma caixa mágica, de surpresas sem fim.

Mais permanente na paisagem, desde que bem inserido nela, ou levado ao limite do improviso, utilizando camuflagens elementares, o abrigo fotográfico é um ponto de encontros improváveis, um lugar de sublimação com a natureza e uma fonte de conhecimento do sublime.

No silêncio atento do abrigo apreende-se a arte de comunicar (no sentido de "dividir alguma coisa com alguém") com os entes da natureza, sendo esse o segredo revelado de um instante eternizado.

São estes os lugares efémeros, em que se despem mistérios de janelas escancaradas para a imensidão do belo, onde vou estando a fotografar, a contemplar a vida e a exaltar a criação...

nota pessoal

Quem sou, o que faço e anseio (por) aqui?

As  fotografias, no valor mínimo das 1000 palavras de cada qual que o dito popularizado de Confúcio estabelece, falarão por si enquanto testemunhos indeléveis do 'ser' (do 'eu', autor e pessoa) e vigorosas mensageiras do 'devir' (do 'nós', gregário e sucedâneo).

Ficarão as (tantas) respostas ao sabor da(s) estampa(s)...

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